3º Barão de Monte Santo e o contra-parentesco com Anibal através de Couto de Barros e uma prova da falta de hereditariedade na nobreza brasileira




Decreto Registrado no Livro XI, Pag. 84, Seção Histórica do Arquivo Nacional.


 Aníbal de Almeida Fernandes, atualizado Julho, 2017.


Gabriel Garcia de Figueiredo, 3º Barão de Monte Santo, a 19/12/1885. Foi Ten-Coronel da Guarda Nacional, foi um dos fundadores de Mococa, SP, onde teve fazenda e foi Presidente da Câmara Municipal, instalada em 1873. Nas. a 14/1/1816 em São João Nepomuceno, MG, fal. a 18/11/1895, em Mococa. Filho de Diogo Garcia da Cruz e Inocencia Constança de Figueiredo, ambos de Minas Gerais. A 30/11/1839, c.c. sua sobrinha Maria Carolina de Figueiredo, nas. 18/7/1828 em Batatais e fal. a 18/10/1891. Pais de 7 filhos:


1) Maria Cândida fs.;


2) Ana Jacinta c.c. Comendador Urias Gonçalves dos Santos, pais de 9 filhos:


3.1]Urias, 3.2]José, 3.3]Gabriel, 3.4]Joaquim, 3.5]Adalberto, 3.6]Aristides, 3.7]Tarcilo, 3.8]Maria Carolina e


3.9]Iria Leopoldina c.c. Rogério O’Connor Lopes de Camargo Dauntree (filho de Ricardo Gumbleton Daunt *1818 +1893) pais de 5 filhos:


4.1) Ricardo Gumbleton Daunt [*1894]                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               (historiador, conselheiro do Instituto Genealógico Brasileiro, chefe do Serviço de Identificação de São Paulo).


4.2) Ana Dauntree (*1895) c.c. Argemiro Couto de Barros, engenheiro, s.s.


Argemiro é filho de Adriano Júlio de Barros, n. a 16/4/1868, tio-bisavô de Anibal, médico e vereador em Campinas, nas legislaturas de 1896-98 e de 1899-1901, chegando, nesta última a presidir a Câmara Municipal. Adriano Júlio é irmão de Maria Francisca de Barros, bisavó paterna de Anibal, c.c. André Gonçalves, pais de Ana de Barros, avó paterna de Anibal, que é prima-irmã de Argemiro Couto de Barros. Adriano Júlio c.c. com Altimira Alves Couto (SL VI, pg 191), pais de 6 filhos que são netos do Comendador José Júlio de Barros e de Emerenciana Ferreira Zimbres de Queirós, (3ºs avós de Anibal), portugueses da freguesia de Gouvães do Douro, Concelho de Sabrosa, Vila Real, que vieram para o Brasil, na segunda metade do século XIX. Adriano Júlio de Barros e Altimira Alves Couto são pais de:


1 Argemiro (acima identificado), 2 Adriano, 3 Antonio Carlos, 4 Maria Amélia, 5 Julieta e 6 Lilia.


4.3) Irene, 4.4) Alicia, 4.5) Abigail.


3) Carolina Emília.


4) Maria Constança.


5) Joaquim Silvério.


6) Jose Gabriel.


7) Maria Pia.


Houve 2 outros titulares Monte Santo: sem nenhum parentesco entre si:


1º Barão de Monte Santo: Luiz Jose de Oliveira Mendes, a 15/11/1846. Bahia.


2º Barão (com Grandeza) de Monte Santo: Joaquim Simões de Paiva a 3/1/1872. Bahia.


Essa situação comprova que o título de nobreza no Brasil é intransmissível, isso invalida a pretensão à hereditariedade da Nobreza Brasileira de maneira definitiva, pois nas cartas nobilitantes ad personam, concedidas pelo Imperador, a relação jurídica limita-se à concessão, e ao recebimento da honraria pelo agraciado ad personam e, com sua morte, o título reverte à Coroa passando a integrar o patrimônio heráldico do Império, onde permanecerá in potentia até que seja reabilitado por nova concessão do Imperador, que pode conceder este título, a quem escolher, mesmo que seja de outra família sem nenhuma consangüinidade com a anterior, como é o caso dos 3 Barões Monte Santo.


Nota: Os 1.211 títulos concedidos nos 67 anos de Império foram todos ad personam, isto é, vale apenas para a pessoa agraciada em vida, pois a nobreza brasileira não é hereditária, e o Imperador podia conceder o mesmo título às famílias sem nenhum parentesco entre si. Hoje em dia os juristas especialistas em Direito Nobiliárquico consideram que quando há brasão dos títulos sul-cognome esse brasão pode ser usado pelos descendentes da família que tenha recebido este título sul cognome isto é, com o nome da família.


Fontes pesquisadas para estruturar esse trabalho:


Anuário Genealógico Brasileiro, Ano III, 1941, pgs: 178 a 184.


MÉROE, Mário de, O Direito Nobiliárquico, Editora Centauro, São Paulo, 2000.


RHEINGANTZ, Carlos G. Titulares do Império, Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1960.


IGB, Titulares do Império Escudos e Armas, A.G.B., São Paulo, Ano II, 1940.


SILVA LEME, Vol. VI, pg 191.

 
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Genealogia e Historia = Autor Anibal de Almeida Fernandes